Especial
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CURSOS TECNOLÓGICOS: GRADUAÇÃO RÁPIDA E ESPECIALIZADA
Naísa Modesto
Os cursos tecnológicos abocanharam de vez uma fatia do mercado formada por profissionais que antes recorriam aos cursos de graduação tradicionais. A oferta de cursos desse tipo aumentou mais de 590% entre 1994 e 2004, segundo o MEC – Ministério da Educação. Grande parte desse crescimento foi impulsionado pelo setor privado da Educação, que oferece cerca de 70% dos cursos tecnológicos no Brasil. Assim como os cursos de bacharelado e licenciatura, os tecnológicos também se enquadram no nível superior, com a grande diferença de serem planejados para ter duração de dois a dois anos e meio. Por isso, este tipo de formação pode ser uma opção para quem busca uma inserção mais rápida no mercado de trabalho. Outra diferença está na abrangência das disciplinas do curso. Enquanto os bacharéis terão uma visão mais ampla em determinada área de atuação, os tecnólogos desenvolvem-se de modo mais aprofundado em vertentes dessas áreas. Por exemplo: um curso de Administração de Empresas dá ao aluno uma visão geral da atividade, enquanto o de Gestão Hospitalar pode capacitá-lo para gerir especificamente um segmento. Assim como os demais cursos de nível superior, os tecnológicos requerem a conclusão do Ensino Médio e a aprovação num processo seletivo. Os alunos formados por esses cursos são chamados de tecnólogos e, conforme identificação do MEC, "são profissionais de nível superior com formação para a produção e a inovação científico-tecnológica e para a gestão de processos de produção de bens e serviços." Visando à padronização dos cursos, o MEC criou o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, com o objetivo de alinhar esta oferta e enquadrar os cursos regularizados em determinado eixo tecnológico. O documento ainda informa sobre a carga horária mínima de 98 graduações tecnológicas, organizadas em 10 eixos.
ATENDENDO A PEDIDOS
Uma das instituições que passou a oferecer os cursos tecnológicos há seis anos é a Faculdade Impacta, em São Paulo. De acordo com o presidente da empresa, Célio Antunes, os cursos passaram a ser oferecidos para suprir uma demanda do mercado: "Percebemos que com os treinamentos e certificações que oferecíamos, o aluno conseguia entrar no mercado de trabalho. Mas em algum momento da carreira desse profissional faltava algo mais." Contemporânea à Impacta, a Unip - Universidade Paulista também passou a oferecer os cursos em virtude da demanda de alunos. "Quando vamos preparar um curso para lançamento, procuramos identificar a demanda e investigar a procura pelo serviço em uma determinada região", explica o professor Santiago Valverde, coordenador-geral dos cursos de curta duração da instituição.
FORMAÇÃO RELÂMPAGO
Antunes explica que os profissionais que já estão atuando no mercado vão se desenvolver e precisam adquirir novas habilidades, por isso é interessante apostar em um curso superior de menor duração. "O profissional precisa passar de patamar de conhecimento, universalizar seus conhecimentos. Para isso, ele precisa freqüentar uma faculdade." O caminho sugerido pelo presidente da Impacta é bastante conhecido dos profissionais da área de Tecnologia da Informação, por exemplo. Não é raro ver profissionais habilitados em cursos livres que, depois de algum tempo atuando no mercado, buscam uma formação superior em sua área. Segundo Valverde, é justamente esse perfil dos alunos que dá o tom das aulas. "Há uma condensação [do conteúdo] e procuramos oferecer um curso mais específico, eliminando conceitos muito fundamentais e direcionando o conhecimento para áreas mais especializadas." Ele também esclarece que, em virtude do contato direto dos alunos com o mercado e a forma dinâmica do conteúdo, as exigências feitas aos professores também são um pouco diferentes. Assim, docentes que tenham formação essencialmente acadêmica e pouco contato com o mercado costumam ter dificuldade em acompanhar o ritmo desse modelo educacional. Outro diferencial dos cursos tecnológicos em relação aos tradicionais é o próprio corpo discente, muito mais atuante que o habitual. "Existe grande aceitação das aulas e conceitos por parte dos alunos. Há uma discussão nas salas de aula com um nível melhor, eles interagem entre si e com os professores - até mesmo porque eles conseguem falar a mesma língua. Isso tudo é diferente em um curso de graduação, no qual a maioria é iniciante e muitos nem sabem se é aquilo realmente que desejam fazer", explica Valverde. Naísa Modesto Os cursos tecnológicos abocanharam de vez uma fatia do mercado formada por profissionais que antes recorriam aos cursos de graduação tradicionais. A oferta de cursos desse tipo aumentou mais de 590% entre 1994 e 2004, segundo o MEC – Ministério da Educação. Grande parte desse crescimento foi impulsionado pelo setor privado da Educação, que oferece cerca de 70% dos cursos tecnológicos no Brasil. Assim como os cursos de bacharelado e licenciatura, os tecnológicos também se enquadram no nível superior, com a grande diferença de serem planejados para ter duração de dois a dois anos e meio. Por isso, este tipo de formação pode ser uma opção para quem busca uma inserção mais rápida no mercado de trabalho. Outra diferença está na abrangência das disciplinas do curso. Enquanto os bacharéis terão uma visão mais ampla em determinada área de atuação, os tecnólogos desenvolvem-se de modo mais aprofundado em vertentes dessas áreas. Por exemplo: um curso de Administração de Empresas dá ao aluno uma visão geral da atividade, enquanto o de Gestão Hospitalar pode capacitá-lo para gerir especificamente um segmento. Assim como os demais cursos de nível superior, os tecnológicos requerem a conclusão do Ensino Médio e a aprovação num processo seletivo. Os alunos formados por esses cursos são chamados de tecnólogos e, conforme identificação do MEC, "são profissionais de nível superior com formação para a produção e a inovação científico-tecnológica e para a gestão de processos de produção de bens e serviços." Visando à padronização dos cursos, o MEC criou o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, com o objetivo de alinhar esta oferta e enquadrar os cursos regularizados em determinado eixo tecnológico. O documento ainda informa sobre a carga horária mínima de 98 graduações tecnológicas, organizadas em 10 eixos.
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