terça-feira, 1 de abril de 2008

Os 7 Erros Comportamentais


Acordar cedo, arrumar-se, enfrentar quilômetros de congestionamento e, enfim, chegar à empresa, onde acontecerá o convívio ao lado de pessoas totalmente diferentes, durante pelo menos oito horas. O dia-a-dia é árduo, por isso precisa, ao menos, ser prazeroso. Mas nem sempre é possível conviver harmoniosamente com os colegas, infelizmente. São personalidades, pontos de vista, jeitos e manias, tudo muito diferente. Quando não existe respeito, a boa convivência se torna impossível. Muitos passam anos incomodados com atitudes desmedidas de outras pessoas; outros não conseguem manter o silêncio e reclamam do que não estão de acordo. Resultado: clima tenso e pesado por muito tempo em salas muito pequenas.

POR QUE ISSO ACONTECE? Algumas pessoas têm a tendência de agir como se estivessem sozinhas em suas próprias casas. O rádio? É ligado e em alto e bom som. O telefone? Serve para ligações particulares, nas quais é possível saber as brigas, os segredos e a programação do fim de semana. O linguajar? É o mesmo utilizado para conversar no happy hour entre amigos íntimos – palavrões e termos impróprios para o ambiente de trabalho. Esses são apenas alguns exemplos dos erros comportamentais mais cometidos dentro das empresas. Erros capazes de desfazer equipes, criar climas tensos e diminuir a produtividade. Para o vice-presidente da Federação Internacional de Coaches, Silvio Celestino, é preciso saber impor limites e respeitar as pessoas que estão em volta. "O profissional precisa saber respeitar os demais, mesmo que eles não verbalizem uma inquietação perante suas atitudes", alerta o coach.

OS SETE ERROS

Os erros de comportamento são vários e seria até difícil quantificá-los. Mas existem alguns mais recorrentes, especialmente nos ambientes corporativos:

1. Escutar música sem fone, e ainda em volume alto;

2. Utilizar o telefone para assuntos pessoais e ainda falar alto, atrapalhando as pessoas à volta;

3. Utilizar linguajar impróprio para o ambiente de trabalho;

4. Fazer comentários de mau gosto sobre os colegas ou subordinados;

5. Abusar do poder;

6. Não cuidar do ambiente comum;

7. Não separar pessoal de profissional.


Conversamos com Silvio Celestino, Maria Lucia Pettinelli, Osmair Oliveira e Ricardo Melo, todos profissionais especialistas em carreira e comportamento, que fizeram suas considerações sobre cada um dos sete erros comportamentais. Escutar música alto A menos que você trabalhe em um ambiente muito criativo, ou mesmo numa empresa que venda material para a prática de esportes radicais, nunca escute música sem fones de ouvidos. Em algumas empresas mais tradicionais, não é permitido sequer ouvir música usando fones. Além do mais, nada garante que o seu gosto musical seja o mesmo dos demais. (Silvio Celestino - Federação Internacional de Coaches) Utilizar o telefone para assuntos pessoais e falar alto atrapalhando as pessoas à volta O telefone é uma ferramenta de trabalho, que pode ser utilizada de forma pessoal - no entanto, este uso deve respeitar a ética profissional, mesmo porque ninguém precisa saber sobre a sua vida. (Osmair Oliveira - Big Five Consulting) Utilizar de linguajar impróprio para o ambiente de trabalho Cada um dá notícia de sua natureza por seus atos e formas de se expressar. Respondo essa questão com outra pergunta: será que alguém que se utiliza de gírias e palavrões passa uma de pessoa serena, educada, compenetrada e comprometida ou de alguém relapso, sem critérios e até imaturo? (Ricardo Melo – Instituto Ricardo Melo) Fazer comentários de mau gosto sobre os colegas ou subordinados Comentários de mau gosto sobre os colegas, independente da posição que ocupam na empresa, não deveriam ocorrer nunca. É preciso ter em mente que todos os que trabalham naquele ambiente estão lá para desempenhar um papel profissional, e qualquer coisa que saia desse escopo deve ser evitada. Se algo nos incomoda em uma pessoa, devemos conversar a respeito com a própria pessoa, para que seja possível encontrar uma solução para o assunto. Em outras palavras: devemos falar com ela, e não dela, pois esta segunda opção não resolverá a questão. É sempre bom lembrar do ditado: "Quando Pedro fala de Paulo, saberemos mais sobre Pedro do que sobre Paulo". (Maria Lucia Pettinelli - Choice Consulting) Abusar do poder O poder do seu cargo existe para preencher os propósitos da empresa. Se você os utiliza para outros fins, demonstra que não está preparado para liderar e muito menos para desenvolver pessoas. Sugiro que faça um processo de Coaching ou algum outro tipo de treinamento para conscientizar-se de sua real responsabilidade e do alcance de seu poder dentro da empresa. Para liderar pessoas, você deve ser capaz de primeiro liderar a si mesmo, com propósitos elevados e conduta que possa servir de modelo positivo aos demais. (Silvio Celestino - Federação Internacional de Coaches) Não cuidar do ambiente comum Uma boa dica com relação ao espaço é deixá-lo como você gostaria de encontrá-lo, não deixando rastros de sujeira e desordem em ambientes de uso coletivo. Devemos procurar desenvolver uma sensibilidade no sentido de observar a nós mesmos e o impacto que nosso comportamento pode ter sobre os outros. Essa autoconsciência também ajuda muito na construção de um ambiente profissional agradável. (Maria Lucia Pettinelli - Choice Consulting) Não separar pessoal de profissional Mais uma demonstração de imaturidade e o conseqüente despreparo para vivenciar o ambiente corporativo. Damos notícia de nossa natureza com nossas atitudes e pela forma como nos comunicamos. Alguém que age dessa forma, sem ter discernimento do que é pessoal e do que é profissional, demonstra que não merece estar onde está. (Ricardo Melo – Instituto Ricardo Melo)

Fique atento às dicas dos consultores e não seja você mais um a cair nesses erros!

UMA PESCARIA INESQUECÍVEL
James P. Lenfestey

Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago.
A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.
O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água.
Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago.
Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.
O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água.
Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada.
O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras movendo para trás e para frente.
O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio.
Pouco mais de dez da noite... Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada.
Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
- Você tem que devolvê-lo, filho!
- Mas, papai, reclamou o menino.
- Vai aparecer outro, insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este, choramingou a criança.
O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista.
Voltou novamente o olhar para o pai.
Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável.
Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura.
O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu.
Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele.
Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta.Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite.
Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética.
Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO.
Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa.
A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando.
Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA.

A boa educação é como uma moeda de ouro: Tem valor em toda parte

Cantata de Páscoa - 2008
















































Cantata de Natal - 2007

Coral