quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Sentimento de Amor

Observa-se que o amor tem sido cantado através dos tempos como o mais nobre de todos os sentimentos. Muitas vezes é vilipendiado, maculado, porém é baseado nesse sentimento que os seres humanos mostraram e mostram as maiores e mais belas manifestações de respeito ao próximo, e este respeito que vem do fundo do coração, faz muito bem à alma e faz com que este amor seja manifestado com mais intensidade. Mas a palavra amor não teria sentido algum se não estivesse carregada de um sentimento. E qual seria esse sentimento? A compreensão. Para amar efetivamente, faz-se necessário o reconhecimento de si próprio e compreensão dos caminhos da Vida. Reconhecer-se é mostrar a sensibilidade que o ser humano tem perante o mundo que o rodeia e a importância que seus atos, palavras e pensamentos tem para todos. É necessário que haja compreensão com relação aos sentimentos e às vidas das pessoas. Devemos pensar antes de falar e de agir, devemos sempre tentar agir com o coração, devemos amar as pessoas e aceitá-las como elas são, pois cada pessoa tem seu brilho próprio. Com esse sentimento, nasce o amor puro, franco, verdadeiro. Nasce o amor que nada exige, mas apenas doa. Doa carinho, respeito, dignidade. Esse amor compreende tudo e todos e não nega aquelas oportunidades que os seres humanos necessitam para evoluir. Este amor manifesta-se no olhar que dá espaço àqueles que necessitam e sabe colocar-se, mesmo diante de todas as adversidades, como o exemplo a ser seguido. O amor nos ensina a caminhar na companhia de alguém especial, alguém que se entrega de corpo e a alma, alguém que sempre dá sem pedir nada em troca, simplesmente porque seu coração necessita dar carinho, doar-se, porque lá no seu interior existe amor, e esse amor é preenchido com a troca, com a troca de apenas um sentimento, o amor. Esse sentimento de amor é sensível e ao mesmo tempo é forte, pois nele estão inseridos os sentimentos de nobreza que constituem o ser humano e que mostram sua origem divina, espiritual. Tal sentimento é a maior demonstração de que o ser humano, quando reconhece o amor e o aplica, é filho de Deus. A sensibilidade nos faz ternos, puros, para podermos transmitir nossos sentimentos, com paz e com muito sentimento. Já a força é medida pelo modo de amar, pela intensidade, pela chama que preenche nosso coração e faz com que ele transborde de tanto amor. Deus manifestou seu amor entregando-se por nós, pelo amor que tinha por nós, e tudo o que ensinou foi baseado nesse sentimento, e para segui-lo, temos por dever amar, não importa de que forma seja este amor, desde que seja algo do coração, algo com sentimento, algo sincero, algo que nos faz sentir bem, sem imposição, apenas doação, simplesmente por amar, e pode ser um amor entre um homem e uma mulher, como pode ser um amor de ser humano pelo próprio ser humano, um amor solidário, um amor pautado no respeito ao próximo, um amor de caridade, um amor de coração aberto e sem nada em troca, apenas doando-se por saber que é nesse sentimento que reside a evolução do ser humano. E o sentimento do amor se manifesta mais claramente na doação, no trabalho, daqueles que amam em favor daqueles que ainda necessitam de amparo. O amor deve sempre estar presente em quaisquer manifestações da Vida, em todos os momentos, não importa onde estejamos, devemos sempre olhar ao nosso redor e sempre devemos ajudar aqueles que realmente precisam de nossa ajuda. Aqueles que suplicam apenas por um carinho. E essa ajuda deve ser verdadeira, sempre ligada a princípios absolutos, norteadores da evolução humana. E o trabalho feito com amor torna-se nobre e é o melhor meio para a construção de um Mundo Melhor. É por isso que privar o ser humano do trabalho é privá-lo de sua dignidade, é privá-lo da experiência de sentir o amor manifestar-se através de seu ato. Por isso, podemos dizer que o amor é o mais nobre dos sentimentos, pois é o amor que faz o ser humano sentir-se efetivamente útil, através de sua ação em prol da Vida, pautado sempre na nobreza do respeito a tudo e a todos. Devemos sempre agir com o coração, pois o coração é capaz de manifestar o amor mais puro, o amor mais real, o amor incondicional. E este amor pode ser mostrado com um simples gesto, com um simples sorriso, com um simples brilho no olhar. O amor sentido com pureza é capaz de abrir portas e de iluminar um abismo, por isso o amor é o sentimento mais profundo que alguém pode sentir, pois ele se manifesta do coração, e cada batida pode se tornar um toque de amor. Devemos viver a vida com amor, respeitando e ajudando sempre as pessoas. Devemos doar nosso coração a quem com um olhar nos mostra que precisa de apenas uma amostra de amor, como por exemplo de um sorriso. Por vezes a tristeza poderá se manifestar através de lágrimas que escorrem de nossos olhos, mas também estas lágrimas poderão ser de emoção ou de felicidade, assim como um sorriso, que por ajudar alguém com amor, pode estar sempre presente em nossas vidas. Por isso tudo, o sentimento de amor é, e sempre será a melhor mostra de que há esperança para a espécie humana e somente com esse sentimento é que acontecerá a harmonia entre todos.
O Sentimento de Amor por Giuliano Pereira D'Abronzo

Pouco conhecidas, carreiras alternativas ganham espaço

13/04/2008 - 10h37

Pouco conhecidas, carreiras alternativas ganham espaço

TERCIANE ALVES
Colaboração para a Folha de S.Paulo

"Trendspotter", "coffeetender", especialista em "compensation", "report", gestor de reputação. Desconhecidas, essas profissões não constam dos manuais de vestibulares.
Contudo, na avaliação de especialistas ouvidos pela Folha, estão entre as carreiras que mais se expandem no mercado de trabalho atual e asseguram boas oportunidades aos mais atentos.
Boa parte dessas vagas surge em multinacionais de vanguarda e, sobretudo, em empresas de pequeno porte, que atuam como butiques especializadas.
Um exemplo é a Mandalah, focada em comportamento. Ao ser inaugurada há um ano e meio, contratou profissionais de 12 áreas de formação --de psicoterapeutas a designers-- para exercer a mesma função: a de "trendspotter", uma espécie de caçador de tendências.
"Esse profissional investiga idéias que tendem a ser impactantes e que possam virar produtos, bens ou conceitos", explica o consultor em recursos humanos Adriano Savelli.
Muitas dessas carreiras estão associadas ao estudo das necessidades e dos dilemas da sociedade e são relacionadas ao consumo nas áreas de tecnologia, sustentabilidade e moda.
"As carreiras diferenciadas surgem onde há excesso de renda disponível em certos segmentos da sociedade", analisa o diplomata Alexandre Vidal Porto, que vive no México.
"Nas grandes capitais, profissões como a de "personal stylist" já se consolidaram à luz de necessidades de indivíduos com excesso de renda e demandas específicas, típicas das cidades globalizadas", diz ele.
Antena parabólica
Para os que pretendem seguir uma carreira alternativa, o caminho é desenvolver "atenção constante a 360 graus".
"É essencial estar antenado nos segmentos em fase de crescimento, pois ali estão as oportunidades", sugere Irene Azevedo, sócia da consultoria Ki-enbaum Keseberg & Partners.
"Vale a pena verificar jornais, revistas e depoimentos de profissionais. Mas, para obter sucesso, o principal é alinhar as habilidades à função desejada, seja em uma área nova, seja em uma tradicional", completa.

Refrigerante, écaa!!!


Meu macaquinho lindo, eu te amo!!!
Beijos da Mama e lembre-se refrigerante faz mal pra sua saúde, rsss.
Os refrigerantes são classificados como bebidas não-alcoólicas gasosas. Eles consistem, em grande parte de água com gás misturada com açúcar ou adoçante artificial, além de vários aromatizantes naturais ou artificiais e corantes. Muitos contém cafeína. A maioria deles traz pouco ou nenhum valor nutritivo. A ingestão habitual dessas bebidas leva a um alto consumo de calorias inúteis, justamente por não acrescentar nenhum nutriente ao organismo. São as chamadas "calorias vazias". Em média, 1 litro de refrigerante fornece cerca de 400 calorias. Portanto, quando você consome uma latinha que contém cerca de 350mL da bebida, a quantidade de calorias vazias ingeridas será de 140cal

Vale a pena ler a Biografia do Dayan !!!




Leiam a biografia do Dayan, vale a pena!!!

Dayan, parabénssssss, as músicas ficaram lindas.

Deus abençoe o seu Ministério, Você, Sua Família e Igreja.

Paz. Beijo

Profissão: CONTABILIDADE

Muita técnica, raciocínio lógico, habilidade com números e facilidade de interpretação. Essas são algumas das principais características de um profissional de Ciências Contábeis. Essa área vem se renovando a cada dia e hoje o contador é indispensável dentro de uma empresa. Além dos trabalhos estratégicos realizados pelos contabilistas nas organizações, uma lei determina a obrigatoriedade de sua presença para cuidar das demonstrações financeiras da empresa – daí a explicação do amplo mercado de trabalho.

Para ter sucesso nessa área, não basta gostar de números, é preciso saber trabalhar com eles a favor dos negócios. Montar estratégias, impulsionar ações, organizar processos: tarefas assim fazem do profissional de Contabilidade um integrante importante na tomada de decisões.

A GRADUAÇÃO
O curso de Ciências Contábeis foi criado no Brasil em 1946, e neste mesmo ano foi disponibilizado pela USP – Universidade de São Paulo. Durante muito tempo, o profissional da área foi visto simplesmente como o responsável pela contabilidade da empresa – um fazedor de contas. Mas, segundo o professor-coordenador do curso de Ciências Contábeis da USP, Valmor Slomski, isso é uma inverdade. "A função do contador não é fazer contas. Ele registra atos e fatos, claro que observando as questões monetárias. As pessoas confundem o contador com aquele especialista que tem de conhecer cálculos com profundidade", explica Slomski.

O professor afirma que para se arriscar numa carreira contábil é preciso gostar das funções inerentes à área e apresentar habilidades de raciocínio, lógica, planejamento e estratégia. Isso sem falar em muita atualização. "Hoje as empresas estão esperando que esse profissional tenha, além de ética, valores agregados. Seja um profissional completo, com formação em línguas, agilidade com números, facilidade de trabalhar com informática. Então, o perfil é de um profissional atuante e generalista."


O MERCADO DE TRABALHO

Segundo o gerente da Pesquisa Salarial e de Benefícios da Catho Online, Mário Fagundes, o mercado de trabalho para o profissional de Ciências Contábeis é o sexto mais aquecido, perdendo apenas para as áreas Comercial, de Tecnologia da Informação (TI), Administrativa, Operacional e Técnica. Ainda de acordo com o especialista, a relação média é de 1,39 candidato por vaga – um número consideravelmente baixo, comparando-se, por exemplo, com a área de Publicidade e Propaganda (20,37 candidatos/vaga). Só no site da Catho Online há mais de 8 mil vagas para profissionais da área de Contabilidade.

Slomski ajuda a ilustrar o cenário. "Temos cerca 5 milhões de empresas e 300 mil contadores no País, incluindo técnicos e bacharéis. Isso explica esse mercado imenso."

O professor-coordenador do curso de Ciências Contábeis da PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Geraldo Gianini, confirma esse quadro e garante que o profissional da área encontra um amplo mercado de trabalho, tendo diversas possibilidades de atuação, mesmo durante a faculdade. "O mercado é muito grande. Cerca de 95% dos meus alunos estão empregados ou estagiando", aponta Gianini. O professor ressalta, porém, que é preciso se munir de competências e atualização. "Há campo, mas é preciso se encher de competências. Conhecimentos de inglês, da contabilidade internacional... É preciso realmente dedicar-se à profissão, ser um especialista na área", aconselha.

APRENDENDO NA PRÁTICA

Antonio Schumaher Jr. tem 29 anos e está no 8º semestre do curso de ciências contábeis da PUC. Formado em Comunicação Social, ao trabalhar na área de Marketing ele descobriu sua vocação para a Contabilidade. "O que eu mais gostava no Marketing era a área financeira, o planejamento. Então, decidi aprofundar o conhecimento", conta.

Após ingressar no curso de Ciências Contábeis, ele deixou a Comunicação e passou a se dedicar inteiramente à nova área de atuação. "Hoje eu trabalho na Controladoria: analiso a variação dos gastos, auxilio no orçamento anual da empresa e também na elaboração de relatórios para a diretoria", explica.

Quando questionado sobre a hipótese de voltar à Comunicação, Schumaher não hesita em dizer: "De jeito nenhum, estou muito feliz!"

TRABALHANDO NO SEU PRÓPRIO NEGÓCIO

Sócio da consultoria RB Macedo Company e diretor-suplente do SINDCONT-SP – Sindicato dos Contabilistas do Estado de São Paulo, Emerson Macedo resolveu abrir o próprio negócio após se formar e adquirir experiência em alguns escritórios de Contabilidade.

"Meu sócio e eu víamos muito fortemente a falta de profissionais qualificados e, em contrapartida, a alta demanda de consultoria para empresas de variados portes. Enxergamos, com isso, grandes possibilidades de sucesso na área", lembra.

Macedo conta que encontrou resistências nos primeiros tempos de empreendedorismo. "O começo foi muito difícil, pois os maus profissionais acabam prejudicando o mercado - cobram valores irrisórios e depreciam a classe, porque eles mesmos não valorizam o trabalho que fazem", opina.

Porém, hoje ele avalia ter conquistado espaço. "A empresa já se firmou no mercado, atraindo clientes de médio e grande porte que visam qualidade, e por isso estão dispostos a pagar um preço justo pelo trabalho."

O contabilista dá a sua dica para o sucesso: "Muita agilidade, habilidade, técnica, competência, profissionalismo e empenho. Para mim, esse é o segredo", finaliza.

Paradigma do macaco e o retorno do processo seletivo

Um paradigma é um modelo mental que adotamos como sendo algo verdadeiro e representativo de um fato ou conjunto de acontecimentos, em geral formado através de nossas experiências. O seguinte texto é uma análise critica sobre o surgimento de um paradigma com um resultado surpreendente.Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, um jato de água fria era acionado em cima dos que estavam no chão.Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o pegavam e enchiam de pancada. Com mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.Um segundo macaco veterano foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato.Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto, e afinal o último dos veteranos, foi substituído.Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:- "Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui"."Será que não é hora de refletirmos sobre o por quê de nossas atitudes e da forma que vivemos? Poderemos ter muitas surpresas..."

Isso vale muito para a ausência de retorno aos processos seletivos, se considerarmos a falta de respeito ao candidato como normal, daqui a pouco será regra, e se essa regra se aplicar a outras atividades de RH? Como será o mundo?
Será que a busca de um emprego devera ser sempre um martírio? Um inferno para o DESEMPREGADO?

O SÉTIMO SENTIDO NA SELEÇÃO DE PESSOAS

Atualmente, as empresas estão diante de um interessante desafio no que se refere aos seus processos de seleção de pessoal. Isso porque o mercado, cada vez mais, percebe que a grande maioria das demissões que vêm acontecendo, em todos os níveis hierárquicos, têm suas origens em problemas comportamentais.
Muitos profissionais competentes, donos de invejáveis currículos que incluem MBAs, mestrados e doutorados – alguns até no Exterior – vêem suas carreiras interrompidas na organização porque as desavenças internas com a chefia, pares, colegas e até com fornecedores e clientes, chegam ao ponto de comprometer o clima e a produtividade e, em alguns casos, até a imagem institucional da empresa.
Por essa razão, existe agora uma enorme preocupação das organizações em selecionar profissionais que, ao lado de uma necessária competência técnica e uma sólida formação acadêmica, possuam a indispensável habilidade de interagir harmoniosa e produtivamente com os demais, em favor dos resultados esperados. Em algumas empresas – dentre as quais onde eu trabalho – este aspecto é até prioritário sobre as competências técnicas.
No entanto, em grande parte das empresas, os profissionais de seleção de pessoal são levados a garimpar e contratar “talentos”, sem a recomendação ou preocupação de aferir aqueles aspectos comportamentais para saber se esses profissionais talentosos saberão compartilhar pacificamente seus conhecimentos e experiências com a equipe. Nos processos seletivos que têm esse enfoque, o currículo, os diplomas e o domínio de idiomas falam mais alto que a essência humana – e, como conseqüência, os conflitos não tardam a aparecer.
Medir conhecimento técnico é relativamente fácil: entrevistas com especialistas, provas situacionais, histórico acadêmico e profissional, referências, resultados numéricos obtidos, monografias e estudos realizados, são alguns dos instrumentos que possibilitam essa aferição.
A questão é: como “medir” ou avaliar a essência humana?
Talvez nesta década a resposta ainda possa surpreender, mas acredito que, para avaliar condições subjetivas, é necessário usar recursos, técnicas e métodos também subjetivos. Estou falando de coisas como intuição, percepção, “feeling”, “sacação”, leitura corporal – esse conjunto de recursos “mágicos” que talvez constituam um Sétimo Sentido e que compõem aquilo que chamo de “seleção intuitiva".
Acredito que os leitores ficarão divididos diante dessa resposta: alguns “torcerão o nariz”, darão um muxoxo, um sorriso irônico e concluirão que não vale a pena levar isso a sério. Estes, certamente serão profissionais que atuam em empresas cuja gestão baseia-se exclusivamente no que é rigorosamente racional, concreto, objetivo e mensurável. Estas são, claro, condições importantes na dinâmica corporativa, mas não são as únicas. Por isso mesmo, outros leitores, ao contrário, acharão que esta se trata de uma proposta atraente, criativa, inovadora – embora ousada, diferente, polêmica e muito pouco ortodoxa.
As corporações são feitas DE, POR, e PARA pessoas. Logo, temos todos que admitir a hipótese de trabalharmos com aspectos, recursos e condições essencialmente humanas na sua totalidade – em relação aos quais a tecnologia, por mais avançada que seja, nem sempre poderá entender muito menos ajudar. Ou alguém conhece uma máquina criativa? Ou sensível? Ou intuitiva? Estas são exclusividades humanas.
Conforme divulga “The Economist”, no começo deste ano os psicólogos Nalini Ambady e Nicholas Rule, da Tufts University, fizeram uma pesquisa para demonstrar que até mesmo uma fotografia pode transmitir muitas informações sobre a competência de um profissional. Eles mostraram a 100 universitários os rostos dos executivos das 25 primeiras e das 25 últimas empresas listadas nas 1.000 da Fortune. O desafio era que os estudantes (que não conheciam os executivos), identificassem, apenas através das fotografias, quais os melhores líderes. E, ainda: que avaliassem estes cinco traços da personalidade do profissional retratado: competência, dominância, carisma, maturidade e confiabilidade. Os resultados foram surpreendentes. Impossível? Não, apenas diferente daquilo que nos foi ensinado academicamente ao longo do tempo.
Há risco de erros nesse Processo Intuitivo de Seleção de Pessoas? Claro que sim, tanto quanto nos processos objetivos e científicos. No entanto, se, numa entrevista, queremos conhecer a essência humana, temos que usar o “instrumento” adequado para ver, sentir e perceber essa essência, que, certamente, transcende aos métodos convencionais de avaliação. E daí? Lembremos que os métodos seletivos convencionais não vêm apresentando resultados satisfatórios conforme demonstra o elevado percentual de demissões por motivos comportamentais.
Se o profissional de Seleção possuir boa percepção ou intuição - ou se estiver disposto a desenvolvê-la, não custa tentar, desde que acredite em si e na possibilidade de conseguir. Não há nada de errado com o uso da percepção e da intuição. Tenho certeza de que já aconteceu com o leitor simpatizar ou antipatizar de imediato com alguém a quem acabou de ser apresentado. E sem causas aparentes – a não ser a fácil e cômoda “explicação” de que houve uma associação inconsciente com alguma outra pessoa desagradável conhecida no passado. Pode ser. Mas também pode não ser. Neste caso, qual a explicação?
Enfim, a proposta deste artigo não é convencional nem linear – nem pretendia sê-lo. A intenção aqui é provocar a reflexão e, se possível, a experimentação. Com coragem, ousadia e total ausência de preconceitos.
Nestes tempos em que as empresas falam tanto de inovar, por que não fazê-lo também na relação com esse misterioso e profundo universo do comportamento humano?

* Floriano Serra é psicólogo, diretor de RH e Qualidade de Vida da APSEN Farmacêutica, eleita pelo 4o. ano consecutivo "uma das Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil" (Revistas EXAME- VOCÊ SA/FIA e ÉPOCA/GREAT PLACE TO WORK). Este ano está entre as 10 primeiras.